quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sempre chorei no fim de ano, mas sem saber porquê. Este ano sei, e não é por isso que deixo de chorar. Preferia não saber.


Bom Ano Novo

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Alberto Caeiro era um génio... !


  • Porque é que as pessoas se preocupam tanto com o que lhes falha em vez de com o que lhe corre bem? Ainda vêm dizer que o erro é pedagógico, mas passam a vida com medo de errar... (é um daqueles paradoxos que não é mesmo suposto fazerem sentido » devem ser reparados ;) )

  • Porque é que há tanta gente que pura e simplesmente não pensa, e depois os que pensam, pensam demais?? (e, como de costume, focam-se sempre no que não interessa... em vez de utilizarem essa maravilhosa ferramenta [a.k.a. inteligência] para perceberem que há um lado positivo em cada experiência e que os desapontamentos são apenas formas de nos incentivar a fazer cada vez melhor. Só ficamos desapontados porque sabemos que conseguimos fazer melhor ;) )
E depois há aquelas coisas de que nos vamos apercebendo...

  • Inconscientemente, estamos à espera que algo aconteça. Acontece. Ficamos mesmo felizes =D parece que foi obra do destino. A seguir acontece outra coisa, como se anulasse o efeito da outra, e pensamos que "interpretámos" mal o significado do destino. Gente, a cena é: Essas coisas não têm um significado real, simplesmente acontecem. Podes fazer com elas o que quiseres. É aleatório. Ou seja:

  • (e este é ponto assente) Há coisas que não são para ser pensadas. Quando pensas nelas, tentas compreendê-las ou defini-las, acabas inevitavelmente por criar algo que não existe (crias a definição de algo que não é definível, é apenas sensível). E quando te apercebes que fizeste o que não devias, já não te lembras do que era anteriormente, porque substituíste o original por uma definição, e agora?? Podes sempre começar de novo :) O que não deves fazer:

  • Culpar-te, martirizar-te, cruxificar-te, porque erraste. Eish, pois é, já viste, és humano! =P Sim, e que tal tirares a cabeça da areia e passares à frente? Agora que percebeste que há uma maneira de fazer as coisas correctamente, mais vale tentar (e tentar, e tentar, e tentar, até conseguires) do que ficar parado a lamentar, não? ;P

  • Muitas vezes as pessoas espantam-se com o que está dentro delas, porque pensavam que não eram capazes de fazer metade do que fizeram, e ganham força para fazer ainda mais. A iniciativa e a motivação fazem uma óptima espiral para te sentires melhor: quanto mais quiseres, mais consegues, e mais queres atingir o nível seguinte.

  • E o melhor é: enquanto lutas pelo que queres, e tentas, e tentas, e tentas, não te lembras de pensar. Apenas sentes o que se passa dentro de ti, habituas-te a ver as tuas "falhas" como características, e obrigas o teu cérebro a produzir muito mais endorfinas ;) (não que ele se importe, claro)

Vai por aí e faz o que quiseres. Ninguém te vai dizer que não. O juiz mais severo das tuas acções e pensamentos és tu próprio. Deixa-te viver como deve ser, não te prendas a convenções que nem sequer existem (quer dizer, existem para ti uma vez que foste tu que as criaste). As coisas são como são, existem porque é assim (e se têm algum significado é porque tu lhos deste; tira o rótulo ;) ). Mais de metade (leia-se: 99%) das coisas em que pensamos quando pensamos demais são exactamente aquelas que não devem ser pensadas, não têm correspondência no raciocínio; são para ser desfrutadas, assimiladas, absorvidas pelos sentidos, observadas, escutadas, tocadas, cheiradas, saboreadas, sentidas. Não te importes com o que os outros pensam ou dizem, apetece-te fazer alguma coisa: faz. Enquanto hesitas, alguém vem primeiro e ZÀS, adeus oportunidade. Apetece-te dizer alguma coisa: diz. O mundo é teu: és tu que o fazes. A originalidade é espontânea, não tentes ser forçosamente diferente dos outros, é o que toda a gente passa a vida a fazer =P Também não vale a pensa pensares em ser tu mesmo, ao pensares nisso já te estás a alterar... Apenas faz o que te der na cabeça. Sê feliz ;P

terça-feira, 15 de junho de 2010

Não é meu costume falar de outros blogs aqui (normalmente acho que não vale muito a pena; afinal, quem é que lê este?), mas toda a regra tem sua excepção. E esta é, sem dúvida, uma excepção de peso.

Descobri há uns dias um pequeno (grande) blog, chamado http://bastidoresdoser.blogspot.com/ . Como qualquer pessoa que esteja habituada a explorar blogs já viu, blogs e bloggers são coisas que não faltam por aí. Também se percebe que muitos desses bloggers pouco ou nenhum jeito têm para escrever. O mesmo não se pode dizer do blogger autor deste blog que descobri recentemente; sim, se há coisa que não lhe falta é talento! (Não me vou lançar num rol de adjectivos todos bonitos e lamechas, don't worry ;) primeiro, porque provavelmente não saía nada de jeito, e depois porque também não sei até que ponto devo elogiar uma pessoa que não conheço. Se bem que mal não devia fazer, penso eu...)

Foi daquelas coisas em que tropeçamos por mero acaso, e, quando vamos a olhar, percebemos que é algo de verdadeiramente valioso. Na minha opinião, pelo menos. Na minha opinião, não há nada mais importante do que sabermos e conseguirmos expressar-nos, e conseguirmos transpor os nossos sentimentos para palavras não tem preço. Por isso, quando "tropecei" naquele blog, fiquei maravilhada: [rol de elogios bonitos e lamechas]! Mas falando a sério: é raro, para mim, encontrar alguém que consiga escrever assim: de forma muito poética e, no entanto, clara. Ao ler o resto do blog, não consigui evitar surpreender-me com cada novo post, porque a escrita deste blogger, mesmo sendo sobre temas pessoais, consegue ser tão profunda e sentida que nos sentimos (nós, os leitores) como se fôssemos transportados para aquele mundo de outra pessoa (isto tudo sem nunca saber de quem o blogger escreve), em que todos os temas são pessoais e, mesmo assim, se aplicam tão bem a nós como se nós próprios tivéssemos escrito o texto.

Perante isto, e vendo que já não tenho mais palavras para explicar tudo o que quero, tenho, ao menos, de dizer isto: quem me dera conseguir escrever assim. (E tudo o que está neste blog é prova de que eu gostava de conseguir escrever de forma mais poética; tudo o que consegui foram textos quase analíticos --' enfim, pode ser que com o treino isto vá lá xP)

Mesmo assim, confirmou uma teoria minha: escrevemos melhor quando estamos apaixonados. (Por isso é que eu já não escrevo nada de jeito desde Junho passado xD e gostava muito, mas muito mesmo, de voltar a escrever como deve ser. Por favor...?)

PS -- Mensagem para o blogger de que falei (na remota hipótese de alguma vez na vida vir a ler isto): Continua a escrever, porque te faz bem a ti (não devo ser eu a única a achar que a escrita nos "liberta", nos deixa mais leves) e aos outros (ler os teus posts sabe sempre bem). Fica bem* ;)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Act: PARA SEMPRE

... e é assim que vemos mais um ano chegar ao fim. Mas desta vez é algo diferente. Ok, sabemos que não vamos conseguir ficar realmente separados, mas ainda assim penso que vale a pena deixar um pequeno texto sobre esta turma, que é só nossa, e que nunca, mas nunca, sairá dos nossos corações: ACT@



Quando saimos da primária e nos separamos dos nossos amigos de infância, raramente conseguimos reencontrá-los e ficarmos unidos como dantes. Mas quando isso acontece, algo muda. Já não se trata de um grupo de pessoas que se conheceram na primária; agora, são o Act. Com algumas mudanças, claro.

Uma delas sou eu: vinda directamente de S. João da Talha, aterrei de pára-quedas na turma do 5ºA da escola D. Martinho Vaz de Castelo Branco e, embora as coisas não tenham sido perfeitas, "sobrevivi" ainda com algumas gargalhadas à mistura; digamos que foi o suficiente para ser considerada da turma. A Filipa, o Kevin e o Hugo também não faziam parte da "turma da primária", mas rapidamente se tornaram numa parte indispensável do nosso A. Mas enfim, o 9º ano chegou, e deu-se a "selecção natural": when the magic happened...



Já no Forte, foi-nos então apresentado o Act: uns quantos "caramelos" do A da D. Martinho, mais alguns do B, e, para ficar uma boa mistura, veio também pessoal do A da Aristides. O que é bastante irónico nisto tudo é que nós, do A, nunca gostámos muito do B (devido principalmente ao que os stores diziam), e acho que eles também não eram muito fãs nossos xD Além do facto de haver sempre aquela "rivalidade" (digamos assim) entre a D. Martinho e a Aristides. Essa foi a primeira coisa que reparei naquela turma: parecia ter sido escolhida a dedo!

Mas nem tudo o que parece é, e como viemos a perceber, melhor mistura seria impossível, mesmo sendo à partida uma mistura bastante heterogénea...


Não sei como foi o primeiro dia de aulas para o resto da turma (porque eu cheguei uma semana depois), mas eu senti-me como se tivesse chegado à minha verdadeira casa (e essa sensação continua ainda hoje, na maior parte dos dias). Ver as pessoas de quem eu mais gostava chegarem ao pé de mim e abraçarem-me, ver que tinham tantas saudades minhas como eu tinha delas, foi dos momentos mais emocionantes da minha vida, e fez-me começar a ver as pessoas que me rodeavam de outra forma. Até aí, sentia-me como se ninguém se importasse verdadeiramente comigo, mas a partir desse dia, desse primeiro dia, comecei a perceber que tinha realmente um lugar no coração dos outros, e a sentir que valia na verdade alguma coisa por aquilo que era. Estas pessoas fizeram algo que eu até aí julgara impossível: fizeram-me sentir realmente parte de uma Turma, de algo maior que cada um dos seus elementos, de algo que é muito mais que a simples soma das suas partes, em que uma delas sou eu. No 10ºAct senti-me, pela primeira vez (desde que saí de S. João), à vontade com toda a gente, porque sentia que eu pertencia ali, que era ali que eu devia estar, com todas aquelas pessoas que, tal como eu, eram e são diferentes, e sabendo que nos aceitamos por aquilo que somos. O Act tornou-se, desde o primeiro dia, a minha segunda família (e mesmo sendo uma família que eu poderia ter escolhido, não teria mudado nada).

Tudo isto no primeiro dia. Bem, o que posso dizer, foi um grande dia! E vi que todos estávamos mais ou menos no mesmo patamar: não nos conhecíamos ainda (a não ser aos que eram das "antigas turmas"), mas já nos dávamos bem e simpatizávamos uns com os outros, e isso foi fundamental para nos tornarmos o que somos hoje.

Tudo corria bem: facilmente nos começámos a conhecer melhor, tínhamos os melhores stores do mundo, e já começávamos a demonstrar que éramos uma turma unida. A visita de estudo ao planetário, o dia dos insufláveis lá na escola, lembro-me de tudo como se tivesse sido ontem. No entanto, aconteceu algo que nos chocou a todos até ao fundo da nossa alma: a partida do Miguel não deixou ninguém indiferente. E como podia, se, tendo-nos conhecido apenas há dois meses, já tinhamos deixado de ser 25 pessoas e éramos agora um só ser, Uno, que ri, chora e sofre em conjunto, e para quem a perda de alguém tão querido como o Miguel, longe de nos fazer chorar sozinhos, nos juntou ainda mais e nos fez dar a mão uns aos outros e levantar de novo a cabeça, assumindo a dor e mostrando ao Mundo que por um dos nossos somos capazes de tudo? Sim, porque o Act é isso: é União, Amor, Solidariedade, Apoio, Amizade, Partilha, e somos capazes de ir até ao fim do mundo por um dos nossos. Por isso é que o Act é único: porque nós somos Únicos, e nunca desistimos.

Todos nos lembramos que os tempos seguintes foram difíceis; mas também sabemos que, embora a memória não desapareça nunca e a saudade aumente a cada dia que passa, juntos fomos capazes de nos levantar e seguir em frente, e isso tornou-nos mais fortes. Ao longo do 10º ano, crescemos e mudámos, e também a Turma mudou, mas não deixou de ser o Act. Continuámos a rir juntos, a lembrar juntos, a fazer as nossas parvoíces (e o que seria do Act sem as nossas parvoíces? xP), as danças de Educação Física... Bem, é melhor perguntarmos o que não fizémos juntos xD

E chegámos assim às férias de Verão. Três meses de inércia, já bem merecida!, e já estamos de volta ao Forte da Casa, Setembro de 2009, back to school everyone! É claro que a parte boa foi voltar a estarmos juntos, desta vez como 11º Act. Nada tinha mudado como sabemos: uns estavam mais bronzeados, outros mais "esquecidos" (como já é costume xD), mas continuávamos a ser o Act. Ah, e este ano com alguns upgrades! Os vídeos do "Olá meninos!" (um grande obrigado à Ju por esta ideia ;) e por levar sempre a máquina xD), os das avaliações de Inglês e de Educação Física... Parece que rir é mesmo das coisas que fazemos melhor quando estamos juntos! xD

Ah, mas estamos no 11º ano! Exames à porta... ou seja, muito estudo, certo? Acima de tudo, mais stress do que o desejável. Intermédios, matéria dada a correr, exercícios... Mas, felizmente, conseguimos sempre encontrar os nossos momentos de relax ;) As horas de almoço passadas no campo ou na relva, os intervalos a dançar merengue (continuo a achar que devíamos ter gravado xP), o Pacto do Mambo (quem é que ainda se lembrava disto?? só nós para inventar xD), e mais uma catrefada de coisas que só nós sabemos fazer para passar o tempo e para nos divertirmos.

Isto para não falar das visitas de estudo, que este ano não foram poucas: Oceanário (alguém se lembra das histórias/notícias que tivémos de escrever? omg), Museu de História Natural (onde começou aquele jogo parvo do capitão ou lá como se chama...já nem me lembrava deste xD), Estremoz (são dos melhores vídeos da turma de sempre!), e Sintra (o que é que fizemos em Sintra? Ah, pois foi, encontrámos aquele homem estranho lá no parque xD essa foi demais xD).

E as nossas conversas à hora do almoço...
E as nossas conversas com a DT nas aulas de 3a feira... Só nós conseguimos convencer uma stora a não dar aula e a ficar a conversar connosco, seja de futebol, seja de música, seja do que for!
E quem mais é que fica sentado na estrada à espera do autocarro?

Enfim, somos o Act.


No entanto, a dor da perda volta a abalar-nos, e embora não tenha sido um de nós, sentimos como se tivesse sido, porque quando Um sofre, Todos sofremos, e todos ajudamos e apoiamos. Sabemos que não vai passar rápido, mas estamos aqui para tudo o que for preciso, sempre.

Se há algo que temos aprendido é que, na nossa turma, todos funcionamos como Um, e a dor de um é a dor de Todos. Sofremos juntos, choramos juntos; mas também rimos juntos, e partilhamos a felicidade uns dos outros. É isso que faz de nós o Act: vidas diferentes, que se cruzaram e não podem mais ser separadas, porque tudo o que vivemos juntos foi e é tão forte que ser parte do Act é ter todas estas memórias e pessoas gravadas no coração, para sempre. Ser parte do Act não é só ser parte de uma turma, é ser parte de um grupo de pessoas que estão em sintonia, cujos corações batem ao mesmo ritmo, e que se fazem valer por si mesmas. Sabemos que podemos contar com todos para o que for preciso, e que quando alguém precisa não deve hesitar em pedir ajuda. Sabemos que o que nos une é algo de tão especial que não pode ser quebrado pela distância física. Sabemos que ser Act é ser Único, Insubstituível, e que somos pessoas muito Especiais. E sabemos que nunca nos podemos esquecer disto, porque isto é quem Nós somos.

ACT ATÉ MORRER (LL)

Só para acabar, queria agradecer a todos os que tornaram possível que esta turma se tenha tornado o que é: Adriana, Ana Catarina, Marta, Bita, Rita, Andreia, Bia, Carina, Catarina, Diogo, Filipa, Henrique, Hugo, Ju, João Diogo, Mateus, Kevin, Marcelo, Marco, Rafa, Rodrigo, Sara, Susana, e também a quem já não está connosco. Vocês são as pessoas a quem eu tenho de agradecer, porque sem a nossa turma eu não era metade do que sou hoje.
OBRIGADA A TODOS (LLL)

AMO-VOS ACT

ACT PARA SEMPRE (LL)