terça-feira, 14 de abril de 2009

O regresso dos pensamentos (que venham os feelings...)

Hoje de manhã, ao entrar na primeira aula, fiz um pacto comigo mesma de que não iria roer as unhas o dia todo; 15 minutos depois apanho-me (a mim própria) com " a boca na botija" (como se costuma dizer; Fábio, atenção aos comments ok?! Vê lá as represálias...xD), a fazer exactamente aquilo que tinha prometido não fazer.
Da mesma maneira me encontro agora a escrever: passei a aula de biologia a dizer a mim própria que tive todas as férias para escrever, desenhar, etc., que agora era tempo de pousar a caneta (ou o lápis, no meu caso! xD) e começar a agir como deve ser; portanto, aqui estou eu!, a fazer exactamente aquilo que disse a mim mesma para não fazer. Eu, do contra? Nãããão... Mas às vezes gosto de contestar!... xD


Ainda na aula de biologia, dei por mim a pensar (algo que só por si não dá bom resultado...) na inteligência das pessoas, mais concretamente na maneira como tendemos a julgar a inteligência dos outros. Porque é que alguém inteligente tem de ser aquele que tem melhores notas na escola? Pessoalmente, descordo completamente desta "avaliação". Se formos a ver bem, o que é a inteligência, no fundo? É a capacidade de resolver problemas (não problemas de matemática, mas problemas reais, "como é que isto acontece", "como se faz isto"), de usar a lógica, de analisar situações. Então porque é que uma pessoa , embora tendo notas médias (vá, com uma ou duas negativas) que se calhar se devem apenas a falta de estudo, mas que:...

  • Consegue pensar por si;
  • Quando vê uma situação nova/problema, que lhe desperta curiosidade, tenta (e muitas vezes consegue) percebê-la e explicá-la;
  • Utiliza os seus conhecimentos antigos em novos problemas;
  • Tem facilidade em raciocinar e pensar nas coisas;
  • Tem uma boa relação com os outros;

Porque é que esta pessoa é, muitas vezes, apreciada como tendo uma "inteligência média"? Apenas com base nos resultados escolares??

Outro exemplo: alguém que tem óptimos resultados escolares, que participa muito nas aulas, mas que

  • Não tem espírito crítico;
  • Aceita tudo o que os professores/manuais/pais(...) dizem como verdade absoluta (porque "as fontes são de confiança"), e não aceita que se duvide dessas informações;
  • Não aceita as opiniões dos outros quando diferem da sua;
  • Não tem por hábito a questionação/problematização das situações do dia-a-dia, e pensa inclusivamente que estas não têm nada em comum com os problemas tratados na aula/não percebe que os problemas da aula se assemelham em certos aspectos com os problemas reais (o que faz com que muitas vezes não consiga aplicar conhecimentos da aula a situações reais)

Esta pessoa pode ser considerada mais inteligente do que a descrita anteriormente? Tendo apenas em conta os resultados escolares??

Hoje em dia está mais que provado que não existe apenas um tipo de inteligência, mas vários: há quem seja melhor nas ciências exactas (p. ex. a matemática), outros são melhores na comunicação, uns são mais direccionados para o desporto, e há quem tenha um dom especial para a música... e todos eles podem ser igualmente "inteligentes" (se bem que não haja maneira garantida de quantificar essas capacidades, uma vez que os testes de QI recaem muitas vezes na área do raciocínio, das matemáticas...). Para além disto, também se fala muito hoje em dia da Inteligência Emocional, ou seja, a capacidade de percebermos, (às vezes) dominarmos as nossas emoções e de as utilizarmos eficazmente todos os dias, pelo que se pode dizer (de forma geral) que uma pessoa com um alto QE (Quociente Emocional) tem mais facilidade em se relacionar com os outros, de empatizar ("pôr-se no lugar do outro"), ...

Não será o QE muitas vezes (senão sempre!) tão importante como o QI? De que nos serve termos uma grande capacidade de raciocínio se não conseguimos transmitir as nossas ideias, opiniões, aos outros, se não conseguimos comunicar, em fim de contas, se não conseguimos dar-nos bem com os outros e ter amigos verdadeiros (e sermos amigos verdadeiros)?

Basicamente, tudo isto foi só para dizer que devemos olhar para os outros como seres complexos (assim como nós próprios), não devemos ficar só pelo superficial, porque cada um tem características muito especiais que o fazem único. Melhor: quando percebemos realmente isto, não conseguimos deixar de sentir que devemos dar um pouco de nós aos outros, e chegamos ao ponto de perceber que tudo é tão simples que podemos apenas viver, sem problemas (que muitas vezes derivam de pensarmos-que-o-outro-pensa-que-nós-fizémos/dissémos-alguma-coisa-que-não-devíamos; e então? e se tivermos dito aluma coisa errada? vai-nos caír o céu em cima da cabeça? Não! Se fosse ao contrário, não achávamos que era tudo normal, que todos erramos? Claro! Então para quê estarm-nos a chatear com coisas que nem temos a certeza?? ;) think about it...).

Complicado? Parece mais estranho do que realmente é; de facto é muito mais difícil arranjar palavras para explicar a ideia do que pô-la mesmo em prática! (por isso é que a "frase do dia" ultimamente tem sido "NÃO PENSES, AGE!". Dá para imaginar o tempo que demorei a escrever esta porcaria toda?? É melhor não...xD)

2 comentários:

  1. Lá esta algo que eu adorei de ler xD

    EU sou um aluno razoavél mas sou basntante bom a arquitectar planos...principalmente para tramar alguém xD

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  2. fabio jorge..só tu ..omg
    Silva

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